Em apenas 15 dias, quatro idosos internados no Lar São Francisco morreram após apresentarem complicações ocasionadas pela gripe H3N2, segundo informações de uma das enfermeiras do local, que divulgou que a última morte ocorreu na segunda-feira (22).
“O asilo passa, atualmente, por um surto de H3N2, na qual 40 dos 140 usuários foram atingidos”, explica Estela Maira Cattelani, gerente da Vigilância Epidemiológica Municipal.
A reportagem da Tribuna Impressa tentou entrar em contato com o responsável pela área da Saúde do asilo por três vezes. Até o fechamento desta edição, ninguém se pronunciou.
Risco
Segundo a médica e diretora da Sociedade Paulista de Infectologia (SPI), Nancy Bellei, a H3N2 é considerada até mais grave do que a H1NI (Influenza A) quando atinge idosos.
“Pessoas que nasceram antes de 1950 possuem mais resistência ao Influenza, mas, em contrapartida, maior vulnerabilidade ao H3N2”, explica Nancy. Ainda de acordo com a especialista, o porcentual de idosos vítimas do surto não chega a ser considerado alarmante.
“Este dado mostra, por exemplo, que cerca de 30% dos usuários imunizados não responderam positivamente à vacina, índice tido como aceitável”, diz Nancy, que alerta: “deve haver um isolamento agora, para que o restante dos idosos não seja atingido pelo vírus”.
Chuva danifica equipamentos do IC e IML
As instalações do Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara ficaram inundadas por conta da forte chuva de anteontem. Várias salas foram atingidas e o atendimento ao público permaneceu suspenso até a reorganização da unidade. Um funcionário de 50 anos, que não quis identificar-se, disse que problemas estruturais podem ter causado o acidente.
“A vazão da água foi muito grande e o prédio não segurou”, conta ele, que diz trabalhar no IC há mais de 18 anos. Computadores, laudos e baterias foram danificados. O prédio, inaugurado há quatro meses, foi construído pela Prefeitura Municipal de Araraquara com verba governamental. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, não existe nenhum problema em relação à construção do imóvel e o que ocorreu foi o entupimento das calhas e condutores, já que o prédio é rodeado por árvores de grande porte. Com a ação do vento, as árvores desprendem folhas e galhos, que ficam acumulados sobre o telhado e as saídas de água.
Este sistema de drenagem exige manutenção constante. Com o entupimento, a água acumulada não teve vazão e escorreu para dentro do prédio. Ainda segundo a secretaria, o convênio firmado entre Prefeitura e Governo do Estado era referente à construção do prédio, enquanto equipamentos e recursos humanos são de responsabilidade do Governo Estadual.
Fonte: Araraquara.com