Mi Araraquara Querida

Dança de salão de origem argentina, o tango surgiu no final do século 19, por meio de uma mistura de vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires. Com letras picantes e, às vezes, bem-humoradas, o estilo é caracterizado por seus passos belos, sempre largos e deslizantes. Seu maior representante é Carlos Gardel, cujo sucesso durou até 1935, ano em que o argentino naturalizado morreu vítima de um acidente de avião. No Brasil e também no Uruguai, o estilo engatinhou em paralelo à difusão da dança pela terra de nossos hermanos.

Por aqui, nomes como Henrique Alves Mesquita, Partáfio Silva e Ernesto Nazareth são apontados como expoentes nacionais pela grande mídia. Mas foi em Araraquara, na década de 50, que outro artista, que se não tinha o status dos músicos citados, era o sinônimo do tango pelos clubes de Araraquara e região. Seu nome era Nabor Rodrigues dos Santos. Alfaiate de mão cheia, ele nasceu na cidade em julho de 1913 e faleceu há cerca de dez anos.





Nesse tempo, gravou um disco de 78 rotações com canções próprias e releituras, e comandou bailes em Araraquara, a frente de diversas orquestras em clubes como o 22 de Agosto, Melusa e 27 de Outubro, além de assinar um programa de tango de muito sucesso na Rádio Cultura, “Programa Nabor Rodrigues Santos”. “Ele guiava as noites, com muita emoção.

O público sempre gostava”, lembra seu filho, Alcides dos Santos. Sem ambições de tentar uma carreira na Capital, Nabor chegou até a apresentar-se fora da cidade, inclusive com uma participação na Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, uma das mais importantes emissoras da época. Na ocasião, foi comparado a Carlos Gardel. “Ele não tinha essas ambições. Preferia caminhar dessa maneira, caseira. Mas mesmo assim, seu sucesso e respeito são lembrados até hoje”, garante Dos Santos.

Fonte: Araraquara.com





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