Legumes sobem 100 por cento no atacado e consumidor de Araraquara sente o preço no varejo

As mudanças climáticas e o aumento das chuvas prejudicam a produção de verduras e legumes e fazem os preços subirem no atacado, na região de Araraquara (SP). Alguns alimentos tiveram alta de 100% em janeiro deste ano, se comparado com o mesmo período de 2012. Isso porque, para recuperar o prejuízo da baixa produção, os produtores sobem os preços, o que reflete diretamente no bolso do consumidor.

Segundo o gerente de vendas da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Elci Alves Pinto, o aumento começou na primeira quinzena de dezembro. O tomate foi o que mais sofreu reajuste no preço desde então: o aumento, em média, chega a 30% para o consumidor. Mesmo assim, muitos não deixam de comprar. “Se eu gostar não troco, não tem jeito, pago mais caro no tomate, mas levo”, diz a professora Neusa Silva.

Já a cozinheira Larisse Garcia, que compra uma caixa de tomate por semana, reclama de ter que pagar mais caro para não ficar sem o ingrediente. “É uma facada. Todos os cardápios que pego incluem o tomate, não tem como ficar sem”, diz.

Escassez
O gerente de vendas do Ceagesp afirma que geralmente todos os legumes sofrem queda de produção nesta época do ano e um dos responsáveis é o clima. Com essa variação frequente nos preços, alguns alimentos correm o risco de não serem encontrados para o comércio. “A couve-flor não está achando e o chuchu também tem sido difícil encontrar”, explica Pinto.





A horta do produtor rural Valdeir Mendes Cardozo possui dois hectares, cerca de 20 mil metros quadrados. Segundo ele, o preço chega a dobrar por conta da baixa produção. “A quebra na produção chega a 50% neste começo de ano e só será recuperada no final de fevereiro ou começo de março”, justifica.

Os preços subiram tanto em relação a janeiro do ano passado, como em relação a dezembro. No atacado as médias de aumento estão em torno de 100%. Para um comparativo, o chuchu, que custava R$ 15 na primeira quinzena de dezembro, hoje é comprado do produtor a R$ 32 a caixa.

Na mesma lógica do período, a cenoura que custava R$ 18 reais, hoje sai por R$ 23, em média. A cebola, que era vendida por R$ 20, hoje custa R$ 30. O tomate é o que mais oscilou no período, era comprado do produtor por R$ 50 a caixa, hoje sai por R$ 70.

Comparativo
O preço do tomate por quilo passou de R$ 3,18 para R$ 5,05. O chuchu foi de R$ 1,47 para R$ 2,32. O pepino custava, no fim de dezembro, R$ 1,04, agora subiu para R$ 1, 44. A beterraba passou de R$ 1, 25 para R$ 1, 63 e a berinjela de R$ 1,40 para R$ 1,75. A abobrinha também sofreu reajuste, o preço passou de R$ 1,25 para R$ 1,44. A cenoura de R$ 1,30 foi para R$ 1,66 o quilo. E a cebola aumentou dez centavos, de R$1,87 para R$ 1,97.

Fonte: G1





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