Instituições financeiras lideram ranking de reclamações em Araraquara

As instituições financeiras lideram o ranking de reclamações no Centro de Orientação e Defesa do Consumidor e Mutuário de Araraquara (Codecom), seguidas por telefonia móvel e fixa. Os números locais seguem a tendência das 261 unidades no Estado. “O crédito fácil e a inobservância aos contratos fazem muitos perderem controle das contas, gerando aumento na inadimplência”, diz João Paulo Prada Nascimento, gerente do Codecom.

Recentemente, foi criada a Secretaria de Defesa do Consumidor, que usará dados dos órgãos de defesa do consumidor para que o Banco Central pressione as agências de crédito. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) intervirá nas empresas de telefonia no País.

A dona de casa Terezinha Berteli de Campos, 60 anos, recebe R$ 650 mensais, em grande parte comprometidos com remédios. Sua filha usa dois cartões de crédito e, sem condições de pagar as faturas, há algumas semanas, foi fazer um empréstimo, sem sucesso. “Meu nome está sujo, não consigo emprestar para pagar as faturas e nem cancelar os cartões. Não tenho salário para pagar contas ou meus remédios.”





Endividamento

Para evitar que nomes de consumidores vão para o Sistema de Proteção ao Crédito, em 2013 o Codecom implantará o Núcleo de Endividamento. Serão palestras orientando jovens para que observem suas finanças. “Não se pode comprometer mais de 30% do salário com dívidas”, diz Nascimento.

De nome sujo a compras devolvidas

O Codecom recebe reclamações de todos os tipos, incluindo ocorrências inusitadas, como a que envolveu a artesã Maria Ângela Gomes Alves, de 51 anos. Ela conta que sua sobrinha veio de Brasília e as duas foram às compras. “Pedimos à mulher do caixa para segurar as sacolas, pois buscaríamos o carro. Ao voltarmos, a compra tinha sido devolvida às prateleiras. Mesmo com a nota, não pudemos pegar de volta.”

Cerca de 90% dos 800 a mil casos mensais são resolvidos sem necessidade de se entrar na Justiça. “Verificamos se a reclamação procede e notificamos a empresa, que tem prazo para responder. Caso o problema não seja resolvido em 40 dias, a Justiça é acionada. Mas, antes, tentamos resolver o problema direto com o fornecedor.”

Fonte: Araraquara.com





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