Melhor Idade tem mais opções de lazer, esporte e cultura, mas ainda falta olhar específico de profissionais da área em Araraquara

A população de Araraquara com mais de 60 anos só fica em casa assistindo televisão se quiser. Com o aumento de 40% no número de araraquarenses nessa faixa etária, entre 2000 e 2010, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a demanda por atividades para este público aumentou, assim como em todo o Brasil, que está em franco envelhecimento. E, a julgar pelos espaços voltados a esporte, cultura e lazer disponíveis aos idosos em diversos pontos da cidade, o município vem suprindo a necessidade desse público. “O idoso não somente está bem amparado em relação aos serviços e equipamentos em Araraquara, como é um dos mais atentos em relação aos seus direitos, segundo pesquisas feitas em todo o Estado de São Paulo”, diz a assistente social Oriomar Carmagnani, a Teka, gestora do Centro de Referência do Idoso de Araraquara (Cria).

As opções disponíveis ao público com mais de 60 anos incluem desde atividades do programa municipal Saúde na Praça, monitoradas por educadores físicos e espalhadas por mais de 60 praças e áreas de lazer, até ações em entidades como Sesc e Sesi, que oferecem cursos, encontros sociais e excursões aos associados, muitas vezes de forma gratuita ou a preços simbólicos. “Além disso, temos nove grupos de convivência no município, o Conselho Municipal do Idoso, e o Cria, que em 2013 completa 20 anos”, lembra Teka.





Entre os serviços oferecidos pelo Cria, para onde os idosos são encaminhados pela rede básica de saúde, estão atendimentos na área de geriatria, enfermagem, fisioterapia e fonoaudiologia. “Também oferecemos oficinas de música, teatro e dança, além de atividades visando resgatar histórias de vida, para melhorar sua capacidade cognitiva”, comenta.

Apesar de todo o panorama favorável aos idosos, Teka ressalta que ainda são necessárias melhorias nos serviços públicos de saúde, para evitar que fiquem muito tempo nas filas de exames, cirurgias e mesmo atendimentos ambulatoriais.

Ela também vê como importante a conscientização de familiares sobre a maneira como devem tratar seus parentes idosos, não “descontando” conflitos ocorridos no passado na fase da vida em que mais precisam de cuidados. “Muitas vezes, a falta de harmonia numa família traz conflitos à tona. Se eles não foram resolvidos no passado, não podem ser usados como motivo de vingança contra a pessoa quando ela estiver em idade avançada. As pessoas não são objetos”, comenta.

Fonte: Araraquara.com





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