Em Araraquara, 22 alunos, de três escolas diferentes, conquistaram medalhas na 14ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. A prova é realizada anualmente e conta com a participação de 150 mil alunos de todo o País.
Com o envolvimento de estudantes com idade entre 8 e 15 anos, a cidade ficou com três medalhas de ouro, oito de prata e 11 de bronze. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) “Olga Ferreira Campos”, no Jardim Universal, 197 alunos inscreveram-se e 20 conseguiram a nota necessária para conquistar a medalha. “Temos um projeto na escola chamado ‘Além do currículo’, no qual oferecemos aulas teóricas e atividades práticas aos alunos que demonstram interesse em participar”, explica a diretora Cláudia Lemos de Marco Borges, de 48 anos.
As aulas extras são oferecidas no horário oposto ao das regulares e qualquer aluno pode participar. “A gente marca uma aula à noite para que os alunos possam ver as estrelas, os planetas e ter uma real noção sobre o assunto”, diz a professora de Matemática e Ciência Silvânia Bossolane, 44.
Colaboração
Além dos educadores e da direção, outros interessados também podem participar do projeto e contribuir para o aprendizado das crianças. O agente administrativo Agnaldo Servo, 37, faz parte do grupo Astrônomos Amadores Tentando Entender o Universo (Aateu) e é apaixonado pelo assunto. “Participo das aulas, conto curiosidades para os alunos e procuro falar sobre as partes mais interessantes para que eles fiquem fascinados”, explica.
A volta por cima de Gustavo
O jovem José Gustavo de Souza Silva, de 15 anos, estuda na Emef “Waldemar Safiotti”, no Jardim Cruzeiro do Sul, e conseguiu a medalha de prata. “Fui mal nas provas dos anos anteriores, mas depois de um tempo vai ficando cada vez mais fácil. O padrão de perguntas é o mesmo e agora eu já aprendi um monte de coisas. Vou continuar estudando para conseguir o ouro no ano que vem”, conta o garoto.
O material didático da escola é simples e não existe um laboratório de Astronomia, mas a falta de infraestrutura não atrapalhou os estudos de José. “Ele sempre pesquisou na internet tudo o que eu passei e o resultado disso é a medalha de prata”, conta o professor de Ciência Rodrigo Perego Zavatti, 35.
No Caic do Vale do Sol, o aluno Felipe Henrique Gomes Coimbra, de 14 anos, também conseguiu uma medalha de prata. As provas são divididas em quatro categorias, de acordo com o nível escolar do aluno. As notas são divididas em Astronomia, Astronáutica e Energia.
Fonte: Araraquara.com