Estudantes que furtaram vaso pagam R$ 200 de fiança e deixam a prisão em Araraquara

A Justiça de Araraquara (SP) concedeu na tarde desta quinta-feira (28) liberdade provisória aos calouros da Universidade Estadual Paulista (Unesp) presos após o furto do vaso de um túmulo do Cemitério São Bento, na madrugada de quarta-feira (27). Os estudantes, de 18 e 19 anos, pagaram fiança de R$ 200 cada um e responderão aos crimes de furto qualificado e violação de sepultura em liberdade. Eles deixaram o Anexo de Detenção Provisória (ADP) da penitenciária da cidade por volta das 16h40 e não quiseram dar entrevista.

A decisão foi tomada pelo juiz Celso Masiteli Neto, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Araraquara, após pedido da advogada dos dois estudantes, Vanderlea Costa Biasioli, que ainda não se pronunciou sobre o assunto. A reportagem tentou contato também com as famílias dos envolvidos, mas ninguém quis falar sobre o fato.

Os rapazes ficaram mais de 24 horas detidos no ADP após serem flagrados furtando o objeto do cemitério. A pena para o crime de furto qualificado pode variar de dois a oito anos de cadeia, segundo a Polícia Civil. Os estudantes não tiveram nenhuma fiança arbitrada na fase policial, porque este recurso só pode ser proposto pelo delegado em casos para penas de até quatro anos.

O flagrante foi feito por volta das 3h desta quarta. Os guardas foram chamados pelo funcionário de uma funerária que viu a ação dos jovens. Na delegacia, os estudantes paulistanos, dos cursos de química e economia, disseram que praticaram o furto por ordem dos veteranos, depois de uma ‘missão’ passada durante uma festa. “Os veteranos que mandaram esses estudantes arrumarem um vaso de flor, segundo eles, e como as lojas estavam fechadas naquela hora, eles fizeram o furto”, contou o guarda municipal João Nunes Siqueira.





Veteranos

A República Pcb, onde moram os jovens presos, divulgou um comunicado em uma rede social informando que os membros só ficaram sabendo do caso durante a manhã após a reportagem os procurar e negaram participação nos eventos na cidade de Araraquara ocorridos no cemitério.

Apesar disso, os membros da República acreditam em um ‘lamentável incidente’. “Sabemos que os novos membros agiram de maneira inconsequente, porém sem intenção de lesar qualquer patrimônio do cemitério. Esperamos que eles voltem o quanto antes, para dar continuidade a sua carreira acadêmica que acaba de começar, e que não deve ser interrompida por este lamentável incidente”, explicava outro trecho do comunicado.

O delegado Negrini disse que os supostos veteranos mandantes da ação podem ser chamados para prestar depoimento, se o delegado do 2º DP, que vai conduzir a investigação, entender que seja necessário.

Unesp
A Unesp informou, por meio da assessoria de imprensa, que a festa aconteceu fora do campus e não faz parte do calendário da universidade, por isso, no âmbito legal, não há como investigar o caso ou estabelecer punição para os envolvidos.

Entretanto, a Unesp coíbe ainda o trote dentro ou fora de suas dependências. A punição para os infratores da norma varia conforme a gravidade do caso e pode chegar ao desligamento da universidade, que afirmou que vai apurar os fatos e tomar as providências cabíveis.

Fonte: G1





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