Das 2.339 pessoas que atualmente financiam um imóvel da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no município, 502 (21,46%) são inadimplentes, índice que supera o da própria regional de Araraquara, formada por 16 cidades, com 16%.
Com o intuito de diminuir a alta taxa de inadimplência, será realizado até amanhã, 18, das 9h às 17h, na Avenida Dom Pedro II, 764, no Centro, um mutirão para atender 60 convocados escolhidos por meio de amostragem que, juntos, devem R$ 226.791,93.
“Dentro deste universo, a menor dívida é de R$ 1.448 e, a maior, de R$ 10.689. Já o número de prestações em atraso vai de 10 a 44”, informa o gerente regional da CDHU, Eduardo Benjamin Abi Rached.
Para facilitar a quitação do débito, de acordo com Rached, foram retirados multas e juros. “Permanece apenas a correção monetária”, esclarece o diretor. A dívida é parcelada de acordo com o número de meses que faltam para terminar o financiamento, desde que a menor prestação corresponda a 5% do salário mínimo — cerca de R$ 32 — acrescida, posteriormente, à prestação normal.
“Já chegamos a registrar um índice de inadimplência de até 33%. Mas, graças às campanhas feitas do ano passado para cá, conseguimos diminuir este número”, explica Rached. O diretor regional da CDHU ressalta a importância de os usuários manterem suas mensalidades em dia.
“Sem os pagamentos, não conseguimos investir na construção de outras unidades de habitação”, lembra Rached, que completa: “a partir de agora, vamos facilitar ainda mais a negociação, tirando os 10% de entrada que cobrávamos anteriormente e que serão adicionados às parcelas do novo acordo”.
Dívidas chegam a 15 anos
De acordo com Rached, algumas dívidas ultrapassam 180 prestações, o equivalente a 15 anos. “Agora, no entanto, seremos mais rígidos. Quem não regularizar a situação, corre o risco de ter seu nome negativado ou, até mesmo, de ver seu imóvel ir a leilão”, ressalta Rached.
Ainda conforme o diretor da regional da CDHU, há casos de inadimplentes que alugam seus imóveis por até R$ 350 por mês. “Há muito disso, infelizmente”, lamenta Rached.
Fonte: Araraquara.com