Araraquara pode ter novo surto de dengue

Apesar de registrar 108 casos de dengue neste ano, Araraquara pode voltar a ter um surto em 2013, como o que ocorreu em 2011, quando 2.564 pessoas foram vítimas da doença. A análise é de Rafael Freitas, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“A dengue tem quatro sorotipos. Quando você contrai uma dessas variações, fica automaticamente imune a este tipo. Provavelmente, as epidemias em Araraquara foram causadas por, no máximo, duas dessas variações, o que deixa aberta a possibilidade de um novo surto”, explica Freitas.

De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica Municipal, na epidemia de 2011, 70% dos casos registrados eram do tipo 2 da doença, enquanto os outros 30%, do tipo 1.

“Isso mostra que o município está suscetível a outros dois sorotipos, o 3 e o 4”, acrescenta Freitas, que pondera: “isso não quer dizer que o trabalho de combate à dengue não seja importante”.

Região

Um levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que a região de Araraquara — formada por 23 municípios e com população de aproximadamente 600 mil habitantes — registrou, de janeiro a outubro deste ano, 1.048 casos de dengue contra 4.191 no mesmo período do ano passado — queda de 400%.





Ainda conforme dados da secretaria, Ribeirão Preto figura como a sexta cidade do Estado de São Paulo com maior índice de infestação, com 1,6%. Araraquara, no entanto, não é citada na lista.

Nova bactéria é a esperança

Freitas explica que uma bactéria descoberta por pesquisadores australianos, em uma espécie de mosca-da-fruta, pode ser a esperança para acabar definitivamente com a transmissão da dengue no País.

“Essa bactéria consegue bloquear o vírus da doença. Para que isso ocorra, no entanto, precisamos trabalhar agora na disseminação dessa substância, injetando-a, por meio de microinjeções, nos ovos dos Aedes aegypti”, explica o pesquisador.

Segundo Freitas, a experiência já apresentou resultados promissores em Cairns, cidade localizada no nordeste da Austrália. “A ideia é testar a técnica em áreas da cidade do Rio de Janeiro, para ver se atingimos o mesmo êxito”, adianta Freitas.

Fonte: Araraquara.com





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