Araraquara é a terceira cidade com maior número de ataque de abelhas

Em um levantamento realizado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo (SP) sobre a incidência de ataques de abelhas entre janeiro e julho de 2012, Araraquara aparece em terceiro lugar no ranking, com 114 casos. Na segunda posição está a cidade de Botucatu (SP), com 118 notificações, e Campinas e a cidade de Piracicaba, com 218 acidentes cada uma.

No total, foram registrados no Estado de São Paulo 1291 ataques. Desse número, quatro evoluíram a óbito. Segundo a Secretaria, isso quer dizer que, em média, seis paulistas são atendidos por dia em hospitais, vítimas de picadas de abelhas. Em 2011, o número de notificações no Estado chegou a 2080 de janeiro a dezembro, com três mortes.

Assim como escorpiões, aranhas e serpentes, as abelhas também são consideradas animais peçonhentos, em razão do veneno que contém nos ferrões. Mas, no que diz respeito às abelhas, só é feita a notificação em caso de vítimas de enxames.

“O efeito do veneno varia de organismo para organismo. Dependendo do número de ferroadas, da quantidade de veneno injetado e da demora em busca de auxílio médico, os ataques podem levar uma pessoa a morte caso ela seja alérgica, por exemplo”, afirma Joseley Casemiro Campos, técnica da zoonoses do CVE.





O estudante Victor Hugo Bertato, de 23 anos, passou por essa complicação quando ainda adolescente. Ele brincava em um terreno nos fundos da casa onde morava quando foi picado por mais de uma abelha. “Foi bem no nariz e no dedo da mão. Na hora ardeu muito e comecei a empipocar. Graças a Deus meu pai estava por perto e me levou direto para o hospital”, conta.

Ao receber atendimento, médicos e enfermeiros na época aplicaram um remédio na veia para controlar a ação do veneno expelido pela abelha. Porém, uma reação alérgica piorou o que para ser melhorado. “Tive uma parada respiratória e permaneci em internado por dois dias”, explicou o estudante.

Após o acontecido, Bertato evita ao máximo lugares em que possa haver abelhas e leva sempre consigo um medicamento antialérgico com composição diferente daquela que foi usada no hospital e provocou a complicação.

Segundo o Cabo PM Carlos Alberto de Assis, do Corpo de Bombeiros de Araraquara, o ataque de abelhas acontece geralmente quando as pessoas tentam fazer o extermínio delas durante o dia ou então quando estão fazendo a limpeza de terrenos. “Elas ficam alvoroçadas e picam mesmo, por isso os bombeiros orientam que quando não se tem conhecimento, não se deve mexer com esses insetos”, esclarece Assis.

Fonte: G1





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