O Centro Universitário de Araraquara (Uniara) adotou novas medidas para dificultar as fraudes no vestibular. O processo seletivo para o curso de medicina, ocorrido na instituição em outubro de 2011, registrou quatro tentativas de fraude por meio de informações passadas por ponto eletrônico.
A universidade denunciou o esquema e, em uma operação da Polícia Federal, 51 pessoas foram presas na semana passada suspeitas de participação em fraudes em 38 universidades do país.
Durante o exame realizado no ano passado, segundo a Uniara, quatro candidatos ao curso de medicina foram flagrados usando o ponto eletrônico, utilizado pela quadrilha para comunicar as respostas das questões aos estudantes. Segundo a Polícia Federal, o grupo cobrava R$ 60 mil pela prova.
Três pessoas procuravam os candidatos e ofereciam as respostas da prova. Outras três ensinavam os estudantes a operar o ponto eletrônico. Alunos de medicina resolviam as questões e depois enviavam as respostas para uma central, onde quatro assistentes repassavam o gabarito por meio do aparelho colocado na orelha do aluno.
O assessor jurídico da Uniara, Fernando Passos, explicou as medidas tomadas para evitar novos crimes. “Não estamos permitindo mais que [o estudante] saia com o caderno de questão antes das quatro horas [de vestibular]. O aluno tem o direito de levar o seu caderno de questão, mas depois ele vai ter que vir buscar se ele quiser sair antes”, disse.
Ele ainda explicou que o sistema de identificação é um dos mais avançados do país. “Quem for aprovado tem que ter a mesma impressão digital de quem prestou a prova”, afirmou.
Fonte: G1