Família adotou cão após maus tratos em Araraquara

Quem vê o cachorrinho Júnior pulando de um lado para o outro, sem conseguir movimentar as patas dianteiras, inicialmente fica com dó. Porém, a alegria do cão contagia todos ao seu redor. Após sofrer um acidente, o animal foi adotado por uma família, que faz tratamento para ele poder voltar a andar.

Quando Júnior tinha 15 dias de vida, um tijolo caiu em cima de suas patas. Somente duas semanas depois, o responsável pela Associação Defensores dos Direitos dos Animais (Dedia) de Araraquara, Luiz Antônio Fernandes, de 51 anos, ficou sabendo do acidente. “Levamos ele para o veterinário e para o fisioterapeuta. Como a antiga dona não se interessou em cuidar do cão, eu e minha esposa resolvemos adotá-lo”, diz.

Nos primeiros 30 dias, o cachorrinho mudou toda a rotina do casal. “Ele precisava de ajuda para comer e beber água. Então era preciso dar atenção a ele 24 horas por dia. Desde então, ele está melhorando e hoje já é independente, consegue locomover-se e alimentar-se sozinho”, garante Sueli. O animal tem feito fisioterapia e toma suplementos de vitamina.





Enquanto faz tratamento, o cãozinho ganhou algumas cadeiras de rodas adaptadas. “Foi muito difícil conseguir um equipamento adequado para ele. É muito difícil um animal ter problema nas patas da frente; geralmente, é nas traseiras. Foi preciso muito estudo e testes até ele encontrar uma que desse certo”, explica a amiga da família Giseli Chagas, 40, que acompanha a história do Júnior desde o início.

Quando Júnior sofreu o acidente, ele ainda não tinha aprendido a andar, então agora precisa de muito treino para conseguir se locomover com a cadeira de rodas. “Ele não vai reaprender a andar, ele vai aprender pela primeira vez”, ressalta Giseli. Júnior convive com mais dois cachorros, o Fred e a Tuca, que também foram adotados.

Mascote pode voltar a andar

Quem faz o acompanhamento médico do Júnior é o veterinário Felipe Malavolta, da Clínica ProntoVet. Segundo ele, o cão não teve fratura, mas teve uma luxação nos ombros e cotovelos. “Como não foi tratado logo no início, isso afetou o desenvolvimento dos ossos e da musculatura”, explica. Atualmente, os problemas tentam ser revertidos com fisioterapia, mas ele precisa de uma cirurgia. “No ombro, como rompeu o ligamento, vamos operá-lo assim que fechar a linha de crescimento, o que ocorre com cerca de 1 ano de idade.

Fonte: Araraquara.com





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