As obras na represa do Parque Pinheirinho, que começaram no final de julho deste ano, têm prejudicado a comerciante Regina Santos, de 55 anos. Ela tem uma lanchonete à beira da ‘praia’ do parque e estima um prejuízo de R$ 30 mil nesses quatro meses. Em dias de sol, o local costumava ser ponto de encontro de crianças e visitantes.
Segundo Regina, a lanchonete não tem movimento desde que a represa foi esvaziada. “Nesta época de calor, o parque costumava lotar, nem dava para ver a água de tanta criança que tinha nadando. Eu lucrava uma média de R$ 2 mil por domingo. Neste final de semana, ganhei só R$ 50. A represa é a alma do Pinheirinho. Essas obras estão afundando meu negócio”, lamenta.
Com a drástica mudança nas vendas, Regina fez alguns empréstimos para poder manter a lanchonete aberta. “O Pinheirinho é minha casa, esse ambiente me faz bem. Sempre tive sonho de ter um negócio próprio e agora o estou vendo morrer aos poucos. Só não fechei as portas ainda porque tenho esperança de recuperar o dinheiro que perdi quando as obras terminarem e poder pagar minhas contas”, explica.
Novo prazo
Quando a represa foi esvaziada, o secretário de Obras, Valter Rozatto, informou que o palco estaria pronto em dezembro. Ontem, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, o secretário interino José Carlos de Campos informou que o palco deve ser entregue em fevereiro de 2013.
Segundo o secretário, as chuvas e a necessidade de refazer os cálculos das estacas e apoio dos tirantes de sustentação da cobertura tencionada modificaram o cronograma da obra.
A Prefeitura também informou que, mesmo com a represa esvaziada, a frequência no Pinheirinho continua regular com as atividades esportivas no kartódromo, campos, piscinas, bocha e quiosques.
Represa foi esvaziada duas vezes
Em março de 2011, a Prefeitura Municipal de Araraquara esvaziou a represa do Parque Pinheirinho para limpar o local e iniciar a construção do palco suspenso. Porém, as obras não começaram e a represa voltou a ser enchida para que a população pudesse usufrir da estrutura. O motivo do primeiro cancelamento ocorreu por conta do valor defasado da estrutura metálica do teto do palco.
Em julho deste ano, a represa foi esvaziada novamente para a construção do palco para shows na água. O custo do projeto é de R$ 607 mil e a verba é do Governo Federal, com contrapartida do Município. Segundo o secretário de Obras, Valter Rozatto, o palco deve ter 225 metros e será voltado ao bosque. O Parque Pinheirinho foi inaugurado em 1975 e a represa tem, em média, 1,20 metro de profundidade.
Fonte: Araraquara.com