Após protesto, cobrança de pedágio em Araraquara para os motociclistas é cancelada

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes da cidade de Araraquara (SP) comunicou, na noite desta segunda-feira (4), o cancelamento da cobrança da tarifa de pedágio para motocicletas na estrada vicinal Graciano da Ressurreição Affonso (ARA-080), entre Araraquara e Matão (SP).  Na tarde de domingo (3), uma manifestação contra a tarifa causou transtornos e congestionamento de 6 quilômetros, pois os motociclistas decidiram pagar a tarifa de R$ 0,75 com notas de R$ 50 e até de R$ 100.

Em nota, a Secretaria ressaltou que a cobrança para os demais veículos permanece. Com o reajuste, o valor passou de R$ 1 para R$ 1,50 para automóveis e veículos comerciais (por eixo). A nota não informou o motivo do cancelamento da cobrança para motos.

Em entrevista nesta segunda, o vice-prefeito e secretário de Trânsito e Mobilidade Urbana de Araraquara, Coca Ferraz, justificou a cobrança alegando que os motociclistas também são usuários. “O motociclista também tem serviço de guincho, de atendimento ao usuário e a motocicleta também provoca desgaste na estrada”.





Durante o protesto, os manifestantes discordaram da opinião. “Qual o esforço que uma moto faz na estrada para exigir manutenção dessa pista?”, indagou o engenheiro Fernando Sartori, um dos manifestantes que mora em Matão. “Nem na rodovia eu pago pedágio, por que vou ter que pagar aqui?”.

Segundo o secretário, a arrecadação do pedágio é importante para ajudar na manutenção da estrada, enquanto a vicinal não é duplicada. A obra custaria cerca de R$ 100 milhões e, enquanto não é realizada, a cobrança do pedágio é a solução para a manutenção da pista e, consequentemente, para evitar acidentes, segundo o secretário.

Entenda o caso
Os motociclistas começaram a pagar o pedágio na sexta-feira (1º). Antes, eles eram isentos da taxa para passar pelo local, que é conhecido na região como ‘pedágio da coxinha’. No mesmo dia, o valor do pedágio para carros, que era de R$ 1, também sofreu aumento, para R$ 1,50.

“É mais ou menos a inflação do período desde a inauguração do pedágio que nunca houve nenhuma atualização, e é um valor mínimo para manter a estrada em condições de segurança e comodidade”, disse o secretário.

Fonte: G1





1 resposta

  1. ylecio 6 de março de 2013

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